Talvez nem Thomas Edson pudesse ter avaliado que uma de suas invenções, a lâmpada (1876), traria tantos benefícios para a humanidade. As lâmpadas, essas heroínas anônimas que estão presentes em nossas vidas, e, nós somente as notamos, quando não estão funcionando. Você é capaz de imaginar sua vida sem elas? Isto me lembra minha avó, lá no interior, que usava uma lamparina (espécie de lâmpada do Aladim) a querosene, para a lida da casa depois que a tarde caia.
Basicamente existem dois tipos de lâmpadas: as incandescentes e as de descarga.
- Lâmpadas incandescentes são aquelas que produzem luz emitida pelo aquecimento de um fino filamento de tungstênio, quando percorrido por corrente elétrica, com temperatura de cor de 2700K (amarelada) referencial ao sol e índice de reprodução de cores de 100%.
Apesar de essas lâmpadas serem tão comuns, são equipamentos de baixo rendimento de eficiência, algumas marcas têm índices menores que 30%, isto equivale a dizer que a cada R$ 100,00 gastos, só aproveitamos em iluminação menos de R$ 30,00 os outros R$ 70,00 jogamos fora. A vida média de uma lâmpada incandescente é de 1000 horas em condições normais de funcionamento, se houver um acréscimo de tensão da ordem de 20% essa média pode ser reduzida a 60%.
- Lâmpadas de descarga mais conhecidas são as fluorescentes. Tanto para as tubulares como para as compactas a tecnologia é a mesma, produzem luz pela ionização de um gás ao ser percorrido por uma corrente elétrica.
A lâmpada fluorescente tubular (LFT) é a mais usada, principalmente no comércio e na indústria e tem seu dispositivo ignitor externo (reator) normalmente instalado em luminária retangular.
De alta eficiência e longa durabilidade, são encontradas nas versões Standard (com eficiência energética de até 70lm/W, temperatura de cor entre 4.100 e 6.100K e índice de reprodução de cor de 85%) e Trifósforo (eficiência energética de até 100lm/W, temperatura de cor entre 4.000 e 6.000K e índice de reprodução de cor de 85%). A performance dessa lâmpada é otimizada através da instalação com reatores eletrônicos.
Novas tecnologias de produção nos trouxeram as lâmpadas fluorescentes compactas (LFC), que possuem as mesmas características da lâmpada fluorescente tubular, porém com tamanho reduzido. São utilizadas para as mais variadas atividades, seja institucional ou residencial, com as seguintes vantagens, levando-se em conta o fluxo luminoso (grau de iluminação).
- consumo de energia de até 80% menor se comparado com uma lâmpada incandescente;
- durabilidade entre 4000 a 12000 horas;
- design moderno, leve e compacto;
- ignitor acoplado ao corpo da lâmpada;
- aquecem menos o ambiente, representando forte redução na carga térmica das grandes instalações;
- boa reprodução de cores, com índices de até 85%; tonalidade de cor adequada para cada ambiente, com opções entre 2.700K (aparência de cor semelhante às incandescentes) a 6.000K (aparência de cor mais branca).
Um dos parâmetros que regula a vida média de uma lâmpada fluorescente é o número de vezes em que ela é ligada ou desligada. Portanto, quando se liga uma lâmpada desse tipo, devemos deixá-la ligada no mínimo por duas horas consecutivas, para que a relação custo-benefício seja vantajosa.
Ao substituir uma lâmpada, analise o tempo em que fica ligada em condições normais. Nunca coloque uma LFC no banheiro, pois este ambiente é de rápida utilização. Se você vai sair da sala por 15 minutos, não desligue as lâmpadas fluorescentes, a economia em energia elétrica é suplantada pelo gasto maior que se terá com as trocas mais freqüentes de lâmpadas, reatores e ignitores.
E, além disso, ao comprar lâmpadas, observe os rótulos, analise, compare, pergunte, [...] como qualquer outro produto as lâmpadas também estão sujeitas aos fabricantes, portanto, escolha marcas conceituadas. Por vezes, o investimento inicial é maior, mas no final, ele pode se transformar em custo menor.
